Ou apenas mal faladas?
Entraram por um ouvido
Mas não saíram pelo outro
[Antes tivessem]
Resolveram percorrer caminhos
Pois são viajantes
Talvez marcar território
Ou somente se alojar em um canto trivial
Foram ao cérebro
Brevemente
Deixando sua marca de entendimento
Compreensão
Significado
Mas partiram logo
Para um ponto distinto
Uma localidade diversa
Foram até o sofredor
Ao coração
E por lá cravaram raízes
Fizeram morada
Abandonaram o velho hábito
Viagens?
Não mais
Aquelas palavras horrendas ficaram
Esquecidas não serão
Sedentárias tornaram-se
Só que às vezes resolvem sair
Fazer visita espaço afora
Jorram pelos olhos
Navegam em águas salgadas
Mas, lamentavelmente
Retornam ao lar
Garota de Personalidades
4 comentários
Eu gostei muito desse poema. Já me senti assim, (muitas vezes ainda me sinto), e parece que as palavras de alguém, aquelas que mais doem, se alojaram em mim e não saem nunca mais. Ficam presas, até a gente conseguir se desapegar, deixar ir. O que pode ser bem difícil...
ResponderExcluirAlgumas cravam raízes muito profundas.
ExcluirFico tão grata que tenha gostado dos meus versos, mas sinto muito por se identificar com o sentimento. Espero que possa se afastar destas palavras ruins que habitam em você.
Muito obrigada por comentar Ana ♥
Bonito e verdadeiro o poema, L.
ResponderExcluirEu também me identifiquei já que, infelizmente, muitas coisas que as pessoas falam até mesmo da boca pra fora, não saem pelo outro ouvido, como você diz... :/ Mas a gente tem que aprender a desapegar mesmo
Muita coisa fica guardada, mas a esperança de aprender a desapegar deve permanecer.
ExcluirFico triste por saber que conhece a sensação, mas espero que consiga passar por cima das palavras ruins sempre que forem dirigidas a você.
Grata por ter gostado!
Obrigada pelo comentário Andrea ♥